Proteção ao Rendimento Familiar

Vou contar-lhe um segredo: os seguros de vida não protegem a sua vida. Se tiver uma doença grave, não será o seu seguro de vida que o irá curar, pois não? E se tiver um acidente, não poderá contar com o seguro de vida para impedir que se magoe… Mas então, os seguros de vida protegem-nos de quê afinal???

Excelente pergunta. E eu vou resumir a minha resposta da seguinte forma: o seguro de vida é um airbag financeiro, que dispara quando é preciso proteger a qualidade de vida da sua família.

Resumidamente, um seguro de vida é um contrato que garante o pagamento de um determinado valor à sua família, caso já não possam contar com os seus rendimentos (ou porque faleceu ou porque ficou inválido). 

O dia em que um seguro de vida entra em ação é um dia de alívio, porque significa que, num momento tão difícil, há um apoio financeiro que garante estabilidade e segurança, e já não têm que se preocupar com dinheiro.

Exemplos Práticos: De que forma a Perda de Rendimento de um dos membros do Agregado Familiar Pode Afetar uma Família

• O João e a Marta compraram casa juntos e contavam com dois rendimentos para pagar o empréstimo. A Marta teve um acidente, ficou cega, e já não consegue exercer a sua profissão, por isso agora tem mais despesas e deixou de gerar rendimentos. Como tinha um seguro de vida associado ao crédito, a casa ficou paga e é menos essa despesa que os sobrecarrega. Além do seguro de vida do crédito, a Marta também tinha um seguro de vida com ITP, por isso recebeu na sua conta 50.000€ e não teve que se preocupar com dinheiro enquanto se adaptava a esta nova condição (física e psicologicamente).

• A Ana tem dois filhos muito pequeninos e trabalhava apenas em part-time para poder cuidar deles. O marido, Pedro, era o principal provedor da casa. Mas, sem aviso, o Pedro faleceu. Se não fosse pelo seguro de vida, como é que a Ana iria pagar todas as despesas sozinha?

• A Rita não estava à espera porque era nova. Foi diagnosticada com um cancro e o seu seguro de vida, que tinha a cobertura de Doenças Graves, depositou-lhe na conta 30.000€. Este montante permitiu que se focasse a 100% na sua cura, sem preocupações com a falta de dinheiro.

Para Quem é Indicado?

O seguro de vida, de uma forma geral, é essencial para qualquer pessoa que tenha dependentes ou responsabilidades financeiras.

Por exemplo: pais que querem garantir o futuro dos filhos, casais que partilham despesas como o crédito habitação, filhos que são o único amparo dos pais idosos, empresários que desejam proteger a continuidade do negócio, etc.

Vale a Pena?

Escolher um seguro de vida não é como escolher um par de meias… É uma decisão muito pessoal e séria, que deve ser tomada como um compromisso a longo prazo.

A opção certa para si pode não ser a opção certa para o seu vizinho do lado, porque vai depender do seu contexto familiar, das suas prioridades, da sua responsabilidade sobre o sustento de outros e sobre o seu próprio futuro.

Se vale a pena? Bem… Como pode calcular, eu não sou vidente… Infelizmente não sei prever quem vai ficar doente ou ter acidentes. Posso ser eu, pode ser você, ou pode não ser nenhum de nós. Mas há algumas reflexões que posso fazer:

• Se há uma forma de minimizar o sofrimento da minha família se me acontecer alguma coisa, eu vou analisa-la com respeito e carinho. Não quero que passem dificuldades por minha causa.

• Há seguros de vida mistos que, a longo prazo, me permitem reaver o valor que investi no meu seguro de vida. Desta forma, enquanto a família depende de mim estão protegidos, mas quando eu me quiser reformar tenho o valor que investi no seguro para mim próprio, para a minha velhice.

• Como já é de esperar, quanto mais completa for uma coisa mais cara vai ser, certo? E todos nós temos limites financeiros. Por isso, é importante tomar uma decisão bem informada que seja adequada à nossa realidade.

Se precisar de ajuda para encontrar a melhor solução para si, estou aqui para esclarecer todas as suas dúvidas e ajudá-lo a tomar uma decisão à sua medida.

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